Testemunhas de Jeová proibidas de atuar em territorio russo.
Testemunhas de Jeová proibidas de actuar em territorio russo. |
As Testemunhas de Jeová foram proibidas de atuar na Rússia e seus bens serão confiscados, após a decisão do Supremo Tribunal russo nesta quinta-feira (20), que considerou a organização como extremista.
A notícia foi avançada pelo jornal Moscow Times que sublinha que a decisão iguala os cerca de 175 mil crentes desta religião a grupos terroristas como o Daesh ou a Al-Qaeda. Os membros das Testemunhas de Jeová estão proibidos de se reunirem ou de distribuir qualquer tipo de literatura religiosa.
Não há outra alternativa, o grupo religioso tem agora de se dissolver.
Um líder russo das Testemunhas de Jeová, Iaroslav Sivoulski, declarou estar "chocado" com a decisão dos juízes e anunciou que a organização religiosa vai apelar.
Em março, o Ministério da Justiça já tinha suspendido as atividades do grupo, que é acusado de armazenar e difundir literatura religiosa de caráter extremista.
O porta-voz das Testemunhas de Jeová na Rússia, Ivan Belenko, denunciou na época à agência Efe que a decisão das autoridades russas privará do direito à liberdade ao culto os 175 mil seguidores que dessa comunidade no país.
sede das testemunhas de Jeová na Rusia. |
"Todas as decisões judiciais contra nós se baseiam em uma única acusação: que alguns de nossos livros e discursos estão na lista de literatura extremista que existe neste país", explicou Belenko.
Belenko afirmou que as decisões de incluir algumas publicações na lista negra "foram tomadas com base em opiniões de falsos especialistas e sentenças judiciais ditadas às costas dos crentes", ainda segundo a Efe.
O tribunal recusou os pedidos que tinham sido feitos no sentido de reconhecer que os membros da organização seriam vítimas de repressão política e também rejeitou ouvir testemunhas que garantem que a polícia russa adulterou provas para obter uma condenação.
O Supremo Tribunal russo estava a analisar o caso desde meados do mês passado, quando o ministério Público de São Petersburgo intimou as "Testemunhas de Jeová" daquela cidade a pararem com "a atividade extremista". O pedido acabou por ser alargado a todas as 396 igrejas ligadas aquele culto religioso sediadas na Rússia.
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